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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ele bebeu um copo apenas,
os outros foram mergulhando
nele como os rios correm
para o mar. Esqueceu assim
os problemas, esqueceu também
que não tem sono e do teto
que lhe aguarda calmo.
Deixou troco ao garçom
e urina fora do vaso,
cambaleou pelas ruas
segurando as casas que
giravam em volta de si.
O mundo entornou.
Entornou o caldo,
o caldo o afogou.
As mágoas, as tristezas todas, tolas,
ele bebeu, derramou e
gargalhadas torpes o fizeram
dormir - sono de bêbado.

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