"Em branco?, espantou-se.
Sim, ele disse sem poder muito mais, porque gostava de estar calado e também achava que a palavra escrita levava os olhos dela pra distante dele.
Não, ela disse cortando a conversa do olhar dele com o chão. Ele, que não soube, ou fez que, perguntou:
O quê?
Sua palavra o leva pra onde você não se esconde de mim."
(trecho do conto A Carta, em Entre Paredes e Ondas)
domingo, 28 de março de 2010
sábado, 27 de março de 2010
IMPRESSO
"De torneira mal fechada vazam os dias. Na mesma página os caracteres confusos. Antes e depois sempre no mesmo lugar, tempo misturados. Cada estalido evoca a lembrança de outro, a promessa do próximo se antecipa, sobrepõe. Fio delgado, a existência escoa pelo mesmo ralo. Viver é saber abandonar-se aos poucos, como quem vai se deixando em tudo, em cada coisa: impressões."
(trecho do conto Impresso Homicida para Concurso Literário, no inédito Entre Paredes e Ondas)
sexta-feira, 26 de março de 2010
sem tempo
Sem tempo de alguma escrita que não seja a repetição incansável de rever os erros e errá-los de outra forma. Sim, estou fechando Entre Paredes e Ondas - prazo pra lá de acabando - e a maior vontade de mostrar pra alguém ler (quem?) - e revisar revisar cortar - por que as frases nunca ficam prontas? (desconfio que as minhas vírgulas se movem enquanto eu durmo - recoloco a todo instante as frases em seus indevidos lugares.
Sem tempo nem de ler as microcrônicascretinas de cumpadre Alaor - tomara que vire livro pra eu poder deixar à cabeceira, ou ler de manha no meio do café (dizem que é assim que ele escreve, pela manhã, por mais que os relógios mintam). E quem não conhece, vale visitar o blog do sujeito - ironia fina. (tem atalho aí do lado).
os olhos vesgos e ardendo - maldito monitor 20 polegadas, disseram que você seria meu amigo; a bunda quadrada. E corta, cola, aplica efeito, sobrepõe, brushes e backgroundes, todo meu inglês de photoshop.
sem tempo de escrever o que a cabeça pensa, sem pensar o que a mão escreve e trocar trocadilhos por qualquer coisa e muito sem saco de escolher tags para catalogar arquivos mortos
(preciso chutar umas lixeiras)
Sem tempo nem de ler as microcrônicascretinas de cumpadre Alaor - tomara que vire livro pra eu poder deixar à cabeceira, ou ler de manha no meio do café (dizem que é assim que ele escreve, pela manhã, por mais que os relógios mintam). E quem não conhece, vale visitar o blog do sujeito - ironia fina. (tem atalho aí do lado).
os olhos vesgos e ardendo - maldito monitor 20 polegadas, disseram que você seria meu amigo; a bunda quadrada. E corta, cola, aplica efeito, sobrepõe, brushes e backgroundes, todo meu inglês de photoshop.
sem tempo de escrever o que a cabeça pensa, sem pensar o que a mão escreve e trocar trocadilhos por qualquer coisa e muito sem saco de escolher tags para catalogar arquivos mortos
(preciso chutar umas lixeiras)
Assinar:
Postagens (Atom)