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sexta-feira, 30 de julho de 2010

kinematófago & fagia

Quando a primeira palavra foi dita, o ouvido do mundo já estava pronto. Nasceram os olhos quando o tempo já tinha mãos e moldava a imagem na imagem. A palavra cantando os seus caminhos quando os homens deixaram de olhar para dentro e puseram seus olhos no rosto do mundo. (Espelho de assujeitamentos).


Imagens passaram a ser desenhadas sobre o vulto dos reflexos, a ferramenta estava na obra enquanto do seu nascimento, e depois e depois e.

(Todo o corpo era um rosto/ Todo o mundo era um rosto/ Uma tela de imensa curvatura/ Arcabouço)

A linguagem não cansa de se redizer: "palavras são imagens em silêncio repousadas", e o corpo levanta poeira de ideias quando se move.

(Palavras são imagens cravadas na superfície interna dos corpos/ Órgãos - e suas intrincadas melodias)

A luz rebate nos grãos em movimento dizendo coisas que a noite troveja.

(Uma memória primitiva hipnotisa de futuro os olhos/ Ancentrais)

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