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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Elegias de Duíno

"Quem nos desviou assim, para que tivéssemos
um ar de despedida em tudo que fazemos? Como aquêle
que partindo se detém na última colina para contemplar
o vale na distância - e ainda uma vez se volta,
hesitante, e aguarda - assim vivemos nós,
numa incessante despedida."

...
RAINER MARIA RILKE

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Púcaro Búlgaro

"Esta paisagem é o país dos meus pais. Me interessa a dos meus netos e bisnetos"

***

"...cada um é o que é e não o que diz ou pensa..."

...
CAMPOS DE CARVALHO

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Elegias de Duíno

"O intuitivo animal logo adverte
que para nós não há amparo neste mundo definido"

***

(...)Infância ou futuro
não decressem - uma caudalosa existência
transborda em meu coração"

***

"Não, não acrediteis que o Destino
seja mais do que a infância e do que ela contém."

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RAINER MARIA RILKE

sábado, 28 de janeiro de 2012

Confissão

Sinto, enfim, que a timidez rompeu o fosso e arregaçou paredes, o esforço fez o sonho do eu desdobrar-se em outros, tornou-se plural, grupo, coletivo, estendeu o palco, fez-se o prumo, o rumo, deu-se o pulo do abismo, e muitos nós teceram a jornada e urdiram a teia do legado de minha juventude. História e experiência, a minha vida é tudo isso: uma obstinada felicidade que cria ramos e frutifica. A árvore aprende a voar com os frutos. Eu me alimento daquilo que planto e me enraízo no vento. Sou cada vez mais feliz e infinito.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

avessos e revisões

Rever um texto é tentar redimir-se, até o último momento, da crueldade de crucificá-lo na página. E a dúvida, que tanto martiriza, mais e mais se avizinha: haverá por fim ressurreição? Pode a palavra pregada purgar o crime da criação?